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  • Amália Machado

Análise de Conteúdo da Bardin em TRÊS ETAPAS SIMPLES!

Atualizado: 12 de set. de 2023

A Análise de Conteúdo é uma técnica muito utilizada para análise em pesquisas qualitativas. Neste post, vou mostrar três etapas simples de acordo com a Laurence Bardin para você já começar a fazer a análise dos dados da sua dissertação, tese, artigo científico ou trabalho acadêmico!


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A Análise de Conteúdo é uma técnica de análise de dados qualitativos muito utilizada. Com frequência, o livro Análise de Conteúdo, de Laurence Bardin, é citado como uma referência a este tipo de técnica. Por ser muito didático, ele facilita a sequência de tarefas e atividades a serem seguidas para fazer a análise dos dados qualitativos. De acordo com Bardin (2011, p. 15)

O que é a análise de conteúdo atualmente? Um conjunto de instrumentos metodológicos cada vez mais sutis em constante aperfeiçoamento, que se aplicam a ‘discursos’ (conteúdos e continentes) extremamente diversificados. O fator comum dessas técnicas múltiplas e multiplicadas - desde o cálculo de frequências que fornece dados cifrados, até a extração de estruturas traduzíveis em modelos - é uma hermenêutica controlada, baseada na dedução: a inferência.


Como iniciar a Análise de Conteúdo em TRÊS ETAPAS SIMPLES?


O método apresentado por Bardin para Análise de Conteúdo é bastante rico em detalhes e didático. O livro Análise de Conteúdo apresenta todos os passos que devem ser seguidos pelo pesquisador para fazer uma análise científica. Além disso, são apresentados todos os detalhes de cada fase da pesquisa e de que forma as técnicas podem ser aplicadas.


Aqui, vamos apresentar de maneira simples e sucinta as três etapas que precisam ser seguidas pelos pesquisadores para aplicar a Análise de Conteúdo. Ressalto que essas etapas não esgotam a aplicação do método! É apenas um passo a passo inicial para você entender como funciona... Sugiro fortemente que você consulte a fonte original para aplicar da forma correta as técnicas da Análise de Conteúdo.


Pré-análise

Essa é a primeira etapa que a autora apresenta para a organização da Análise de Conteúdo e faz todo o sentido! Geralmente, depois que já coletados os dados, partimos desesperadamente para a codificação. Porém, antes de iniciar a análise propriamente dita, é importante organizar os materiais e ver o que está disponível. Nesta fase, é possível avaliar o que faz sentido analisar e o que ainda precisa ser coletado.


Para Bardin, nesta fase, devemos fazer:

a) Uma leitura flutuante do material, para ver do que se trata;

b) Escolher os documentos que serão analisados (a priori) ou selecionar os documentos que foram coletados para a análise (a posteriori);

c) Constituir o corpus com base na exaustividade, representatividade, homogeneidade e pertinência;

d) Formular hipóteses e objetivos (sim, a Bardin usa o termo hipótese); e

e) Preparar o material.


Exploração do material

Dentro desta fase, temos as etapas de codificação e categorização do material. Na codificação, deve ser feito o recorte das unidades de registro e de contexto. As unidades de registro podem ser a palavra, o tema, o objeto ou referente, o personagem, o acontecimento ou o documento. Para selecionar as unidades de contexto, deve-se levar em consideração o custo e a pertinência.


Também deve ser feita a enumeração de acordo com os critérios estabelecidos anteriormente. A enumeração pode ser feita através da presença (ou ausência), frequência, frequência ponderada, intensidade, direção, ordem e co-ocorrência (análise de contingência).


Depois da codificação, deve ser feita a categorização, que seguirá algum dos seguintes critérios: semântico, sintático, léxico ou expressivo.


Tratamento dos resultados obtidos e interpretação

A interpretação dos resultados obtidos pode ser feita por meio da inferência, que é um tipo de interpretação controlada. Para Bardin (1977, p. 133), a inferência poderá “apoiar-se nos elementos constitutivos do mecanismo clássico da comunicação: por um lado, a mensagem (significação e código) e o seu suporte ou canal; por outro, o emissor e o receptor”.


Por isso, aqui é preciso atentar-se para:

a) O emissor ou produtor da mensagem;

b) O indivíduo (ou grupo) receptor da mensagem;

c) A mensagem propriamente dita; e

d) O médium, o canal por onde a mensagem foi enviada.


Quer saber mais sobre Análise de Conteúdo da Bardin? Seguem as dicas:


Vale ressaltar que essas são dicas para você iniciar sua análise, mas sempre vale a pena conferir o livro da Bardin, Análise de Conteúdo.


Espero que você tenha gostado dessas dicas e que já comece hoje mesmo a colocar em prático a Análise de Conteúdo da sua pesquisa!

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